A Biotecnologia se propõe a melhorar e facilitar a vida do homem, disponibilizando produtos mais efetivos e de baixo risco a saúde e ao meio ambiente. Neste contexto, a Biotecnologia Branca, ou Industrial, gera novos produtos ou processos através de micro-organismos ou enzimas de melhor performance. Podemos inferir que a Biotecnologia Industrial surgiu a pelo menos 6.000 anos a.C. quando povos neolíticos fermentavam uvas para fazer vinho e os babilônios usavam fermento (micro-organismos) para fazer cerveja. Ao longo dos anos, com o acúmulo do conhecimento científico, técnicas de fermentação em grande escala foram desenvolvidas para produzir quantidades industriais de diversos produtos, desde bebidas, medicamentos à vacinas. A Biologia Molecular foi um marco para o desenvolvimento da Biotecnologia e, mais recentemente, o surgimento de técnicas inovadoras de melhoramento de precisão vem possibilitando introduzir modificações específicas nas sequências dos genomas de vários tipos de células e organismos de maneira precisa e relativamente fácil. Mais ainda, não há necessariamente a inserção de um gene de outro organismo, não sendo, portanto, considerada transgenia. Desta forma, os organismos resultantes não devem ser abrangidos por regulamentos existentes que regulam organismos geneticamente modificados (OGMs), evitando muitas preocupações dos consumidores.