Um livro simples, verdadeiro, envolvente. Assim é este Bom Retiro, um romance de evocativa beleza. Tem muito de memória, de exploração no tempo. Mas não de maneira difusa. A sua ação acompanha um menino, é conduzida do seu prisma, e abrange desde os primeiros ensaios de despertar até a maioridade. O quadro inclui figuras, paisagens, momentos imóveis. O contraponto de época valoriza esse chamado à lembrança, é como um drama que chega descuidado. E o livro resulta na impressão de comovida história real. Há o lado didático a observar. Presente nos grandes escritores judaicos, esse lastro de ensinamento e de correção do homem se confunde hoje com o próprio humanismo. Talvez a melodia e a erudição purificadas de que fala Peretz . Ricardo Ramos, Suplemento Literário de O Estado de São Paulo. Escrito com calor humano, nostalgia e amor. Sobre tudo com grande força literária. O diálogo a que recorre frequentemente tem o sabor do de um escritor maduro e completo, e é, sem dúvida, a sua principal expressão. Meier Kutchinsky, Diário Israelita do Rio de Janeiro. Procurando fazer o cuidadoso painel de um bairro, Levin retrata a vivência de um povo dentro de São Paulo. A vivência humana e trivial, mas cheia de singular melancolia e escrita com tremenda força. Um lançamento oportuno e importante que passa a se incorporar à extensa literatura do povo mais antigo do mundo , de uma maneira brilhante e rara. - Dirceu Nascimento, Manchete.