APRESENTAÇÃO GERAL
DA COLEÇÃO
Este livro que aqui se apresenta é resultado de um esforço coletivo de especialistas
e gestores que associam experiência, profissionalismo e vontade de inovação.
Resulta da busca do instituto Lula em mais uma vez reunir profissionais
de excelência para pensar a sociedade brasileira nos seus mais diversos aspectos,
provocar e propor soluções para políticas públicas e sociais.
Entre os anos de 2020 e 2023, a Diretoria do Instituto Lula, composta por
Marcio Pochmann, Moises Selerges, Thamires Sampaio, Paulo Okamotto e Juvândia
Moreira, se propôs a realizar estudos, ampliar o debate e buscar estratégias de
modernização da sua visão de mundo. Alicerçado nessa missão, surgiram projetos
de formação de quadros, seminários com participação social, articulação com as
universidades, grupos de escutas com especialistas e editais de trabalho para pesquisadores.
Esse volume de conversas, reuniões, estudos, pesquisas e relatórios agora se
convertem numa série de livros que tem como objetivo ajudar a pensar o Brasil do
futuro. Muito do que foi feito teve a perspectiva de apresentar novas abordagens
para temas que insistem em manter-se na agenda social, política e econômica do
Brasil. Para isso, a proposta do Instituto Lula em tratar temas já bastante desgastados
que permanecem irresolutos foi propor uma discussão de longo prazo, para
vinte anos, ou mais. Não pensar no imediato, mas pensar no longo prazo.
Sintoma do nosso atraso enquanto sociedade é que estamos sempre correndo
atrás do emergencial, de que tudo é urgente e que tudo deve ser resolvido agora.
Como tentar colocar toda água do reservatório dentro do cano de saída de uma
única vez. É preciso, para ter bons resultados, controlar o fluxo, organizar o estoque,
pensar no longo prazo e nos gargalos. A coleção que aqui se apresenta e da qual faz
parte esse volume tem esse proposito: pensar o Brasil, reconhecer seus problemas
urgentes, mas dar tempo ao tempo, controlar a ansiedade de fazer tudo de uma vez
e evitar o erro de supor que tudo é urgente, porque, seguindo a máxima do ditado
popular: se tudo é urgente, nada é prioritário.