Os seres humanos sempre foram divididos em duas espécies maiores: os santos e os pecadores. Esse maniqueísmo norteou o nosso conceito de pessoas virtuosas ou vis por um tempo infinitamente longo. Isto ficou tão arraigado em todos nós, que já nos é quase impossível conceber o fato de que canalhices são praticadas também por pessoas que nós consideramos ser incapazes de qualquer ato despido de preceitos morais ou éticos. No entanto, o que se vê é que os calhordas e as suas canalhices infestam o mundo todo e que não existe uma só Nação que não tenha pecadores entre seus expoentes maiores - ou menores. O Brasil não é uma exceção. E este livro - baseado em fatos inequivocamente reais e exaustivamente pesquisados, analisados, interpretados e devidamente classificados - apresenta uma estatística que não nos permite duvidar : há 'Um Brasil Canalha', sim. Um livro inusitado, este, em que o Autor, sem meias palavras, e fazendo-nos um favor e tanto, recolhe pacientemente o lixo nacional que garimpou pelos principais jornais e revistas do País. Sua coleção de canalhices tem cerca de 22 anos de existência, porém é estarrecedor o fato de que ele tenha tido, nesse curtíssimo período de tempo, a oportunidade de colecionar cerca de 45.000 notícias da Imprensa Brasileira sobre canalhices de todos os tipos. E, pelo que se lê dessas mesmas notícias, há canalhices de pessoas também de todos os tipos - inclusive as praticadas por aqueles homens, mulheres e instituições que são quase sempre pelo povo considerados serem homens, mulheres e instituições acima de qualquer suspeita.