Uma estilista como há poucos, em qualquer língua, Agustina dá-nos um retrato imediato e profundo do nosso país — e uma lição de bem escrever. A versão bessa-luisiana da unicidade, originalidade e especialidade do Brasil é a mais forte de quantas há, já que não nasce de enganos de grandeza (nem de desejo de tê-los) mas de evidências experimentadas e detalhista olho crítico. É de tirar o fôlego. —Caetano Veloso "Agustina é um mundo. Imaginem a ferocidade social de Balzac, as divagações ensaísticas de Musil, os abismos da alma de Dostoiévski e a paisagem física e humana de Camilo Castelo Branco, tudo isso num mesmo livro, livro após livro após livro. Agustina Bessa-Luís, nascida em 1922, é uma burguesa do Porto, cultíssima, atentíssima, sábia, irónica, maliciosa, sentenciosa, implacável, genial. Os seus quarenta romances constituem a obra ficcional mais importante do século xx português, imune a tendências e a cedências. É triste e escandaloso que os leitores brasileiros não tenham disponíveis livros de Agustina; mas o "Breviário do Brasil" é um bom começo: um livro de viagens que põe em confronto a experiência do Brasil e a imagem do Brasil, com teses surpreendentes, impertinentes e afectuosas." —Pedro Mexia