Nesta obra, a autora mesclou a ciência e a magia, pois o conteúdo arqueológico e histórico e os estudos suplementares oriundos da antropologia e psicologia, vão ao encontro da religião primitiva celta, embasando-se e complementando-se mutuamente. O mérito desta obra reside no fato de que mesmo praticando a magia celta como parte de sua tradição familiar, a autora fez questão de buscar na arqueologia e nos documentos históricos - relatos dos autores gregos e romanos sobre os povos celtas entre 500 a.C. até os primeiros séculos desta Era - provas científicas de que os celtas efetivamente praticavam os rituais que sua família vem executando há muitas gerações. Consequentemente, o leitor saberá a origem de cada ritual, sua função, de que forma e em que ocasiões os povos celtas os praticavam, preservadas as diferenças existentes entre os celtas das várias regiões da Europa e Ásia Menor. Como o próprio título revela, a figura feminina ocupa a posição central da obra: as mulheres celtas praticantes de magia intituladas "bruxas celtas". Entre outras abordagens, a autora demonstra comparativamente a condição das mulheres celtas no período pré e pós-cristão, bem como traz um estudo das características das sociedades celtas matrilineares regidas pela Mãe ou deusa em oposição e supressão pelas sociedades patriarcais do ponto de vista antropológico, e seus reflexos nas sociedades ocidentais atuais, mais especificamente em relação às mulheres contemporâneas.