Prefácio de MÁRCIO ANDRÉ LOPES CAVALCANTE POR QUE ESCOLHER O LIVRO CABEÇA NO CÉU, PÉS NO CHÃO? Sentir no papel. Sempre fui uma pessoa muito sentimental. Nunca procurei esconder aquilo que estou sentindo porque bons, ou não, os sentimentos vão nos fazendo crescer. E sempre procurei eternizar alguns sentimentos, tentando dar a eles a forma de letras, sílabas, palavras, frases e, enfim, textos. Sentir no papel. Ao fazer isso, parece que minhas alegrias se eternizam, meus sofrimentos se reduzem, minhas angústias se resolvem e meus sonhos permanecem vivos. Escrevo não apenas para mim, mas para me conectar com pessoas que possam sentir o mesmo, que tenham iguais medos, que compartilhem semelhantes desejos, que também precisem saber que não estão sós. Sentir no papel é, portanto, mais que uma confissão, é também uma forma de oração e, principalmente, um meio de comunhão. Comungam-se muitas coisas. Alguns comungam bens materiais, repartindo o pão. Outros comungam projetos, dividindo tarefas e funções em prol de um mesmo objetivo. Há ainda os que comungam suas almas com pessoas que escolheram para trilhar essa bela jornada que é a vida. Eu gosto de comungar também sentimentos. Dizer o que sinto, ouvir o que você sente. Acho que assim podemos sentir juntos. Nesta obra tão sensível, Felipe comunga com todos nós belíssimos sentimentos. Dores, alegrias, angústias e reflexões. Às vezes começa com uma boa prosa e termina com uma linda poesia. Às vezes, a linda poesia nos revela uma inspiradora prosa. E assim vamos lendo e, sem perceber, estamos sentindo. Em um mundo em que cada dia vemos mais coisas “sem sentido”, penso que estamos precisando mais do que nunca sentir. Sentir para encontrar sentido. Acredito que você terminará este livro melhor do que quando começou a sua leitura. Então, permita-se sentir. Márcio André Lopes Cavalcante