O livro focaliza a expansão baleeira norte-americana nos mares do Atlântico Sul, entre os anos 1740-1850. De modo mais detido, abordas as operações baleeiras estadunidenses na costa brasileira, especialmente nos litorais do Rio de Janeiro, da Bahia, de Pernambuco, de São Paulo e de Santa Catarina. Através de uma narrativa baseada em fontes coetâneas, a obra inicia pela análise das operações baleeiras no Atlântico Norte, quando colonos da Nova Inglaterra tornaram a caça às baleias um empreendimento mundial. Após uma série de mudanças na indústria naval e nos métodos de caça, eles avançaram na captura de mamíferos marinhos em mares cada vez mais distantes. Durante os quase cem anos em que os estadunidenses atuaram de maneira acintosa na costa brasileira, milhares de animais foram abatidos, resultando no beneficiamento da sua gordura para produzir milhões de barris de óleo – principalmente para iluminação pública e particular –, além de beneficiarem os ossos, dentes e barbatanas de diferentes espécies de baleias. Como desdobramento da expansão baleeira, o livro descreve a atuação dos mercadores estadunidenses nas mais importantes cidades brasileiras do século XIX, entre elas o Rio de Janeiro. Por meio dos agentes consignados, os derivados de baleias foram comercializados em larga escala, atendendo às necessidades prementes de uma cidade que crescia e se modernizava, especialmente, a partir da chegada da família real lusitana, em 1808. Dividido em seis capítulos, a obra também aborda a luta dos trabalhadores, muitos deles escravizados ou libertos, pela vida em alto-mar, descrevendo suas angústias, sonhos e desilusões no curso das longas jornadas marítimas em busca de baleias e de outros mamíferos marinhos.