A ciência da conservação é responsável pelo estudo de aspectos materiais (físicos e químicos) de obras de arte, suas interações com o ambiente, mecanismos de degradação e tratamentos, de curto e longo prazo, para sua restauração e conservação. Esta obra apresenta um estudo de caracterização química de tintas artísticas fabricadas no Brasil a fim de prover informações a restauradores, museólogos, historiadores e peritos em obras de arte. O livro apresenta um breve panorama da fabricação de tintas ao longo da história e a caracterização química de tintas brasileiras pelas técnicas de pirólise acoplada a cromatografia a gás e espectrometria de massas (Py-GC/MS), espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) e microscopia eletrônica de varredura acoplada à espectroscopia de fluorescência de raios-X (SEM-EDS). Além de trazer uma explicação concisa sobre cada técnica analítica empregada, o livro ainda apresenta o imageamento multiespectral das tintas (ultravioleta, visível e infravermelho) para fins de perícia e autenticação de obras de arte. O último capítulo trata do problema de conservação de duas obras do acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Ambas apresentam gotejamento na superfície (exsudatos), problema este reportado em diversas outras obras contemporâneas a óleo ao redor do mundo.
Marcelo M. Redígolo é bacharel e licenciado em Química pela Universidade de São Paulo (IQ-USP) e mestre e doutor em Ciência pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-USP), onde atua como pesquisador na área de Conservação e Restauro de Bens Culturais. Leciona em cursos técnicos e de pós-graduação em Conservação e Restauração de Obras de Arte desde 2014.
Isolda Costa possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), mestrado em Tecnologia Nuclear pelo IPEN-USP e doutorado pela University of Manchester. Atua em pesquisas na área de Corrosão e Proteção de Materiais Metálicos do IPEN desde 1984.
Oscar Vega