Aos 33 anos e com vários livros de poemas publicados, a escritora decidiu isolar-se no interior de São Paulo para, numa espécie de conversão, dedicar-se exclusivamente à literatura entregando-se, além da poesia, à prosa de ficção e a textos teatrais. Ao desenho também, aqui e ali. Algumas de suas ilustrações aparecem neste número dos CADERNOS, juntamente com trechos da peça Auto da barca de Camiri (1968), àquela altura nunca publicada em livro. Lygia Fagundes Telles, Carlos Vogt e Massao Ohno escrevem sobre Hilda; uma carta inédita do ficcionista Caio Fernando Abreu (1949-1996) atesta a amizade que os uniu. Ensaios de Nelly Novaes Coelho, Leo Gilson Ribeiro, Renata Pallottini e Eliane Robert Moraes analisam, do sublime ao erótico, a obra da poeta, ficcionista e dramaturga. Descobertos em meio ao processo de edição, textos inéditos da autora e de seu pai, Apolônio de Almeida Prado Hilst, morto em 1966, encerram, num encarte, um diálogo que é a principal referência do fazer literário de Hilda. (144 páginas, número 8, dezembro de 1999)