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    CARTAS DE GUERRA

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    Sinopse

    Qual estopim anuncia a aventura surrealista? Quem pergunta é atingido pelo disparo de Jacques Vaché, mirando ao acaso, como “o mais simples ato surrealista”, conforme André Breton, que o retratou como um espírito “de insubordinação total, em sigilo completo, (que) minava o mundo”. “Cartas de Guerra” reúne as correspondências de Jacques Vaché enviadas aos seus amigos André Breton, Théodore Fraenkel e Louis Aragon enquanto atuava como tradutor e intérprete dos Aliados durante a Primeira Guerra Mundial. Será Breton que, em 1919, após a morte de Vaché, empreenderá a publicação das cartas do amigo. Elas apareceram primeiramente na revista “Littérature”, seguida da publicação em um único volume pelas edições Au sans pareil, em setembro desse mesmo ano, sob o título “Lettres de guerre”. O tradutor Diogo Cardoso, que também assina o texto “Câmara de ecos, vozes polifônicas e correias de transmissão: O caso J. Vaché”, acrescenta à apresentação deste oficial “pacifista e antimilitar”, seu estado de espírito em busca de “entreter-se em um momento de merecido descanso”, ensaiando cartas aos jovens poetas com indiferença “à catástrofe ao seu redor”. Nessa edição, além das cartas, escritos e desenhos do autor, os leitores encontrarão testemunhos poéticos na seção “Vaché, o surrealista em nós”, com textos escritos por André Breton, Louis Aragon, Paul Nougé, Marcus R. Salgado e Elvio Fernandes, seguidos do posfácio “O século bola de neve de Jacques Vaché”, de Georges Sebbag. Constam ainda nesta edição collages de Alex Januário sobre pinturas de Beeau Goméz. Jacques Vaché estava na Máquina de Desmiolar desde sua rebelião contra a sociedade e o sistema literário burguês em 1913, até encontrar “a morte em um momento de reflexão”. Ao final do livro, Sebbag pergunta: “quem é Vaché? Um adepto do gesto e um dilacerador de obras?”. Ninguém responde, nem sai ileso da leitura dessas cartas, afinal a “impassível canastrice” do autor só permite a insensibilidade. No máximo, como escreveu Aragon, termina-se o presente livro com ciúme do morto. Tradução: Diogo Cardoso Fortuna crítica: Georges Sebbag, André Breton, Louis Aragon, Elvio Fernandes, Marcus Rogério Salgado

    Ficha Técnica

    Especificações

    ISBN9786587451039
    Tradutor para link
    Pré vendaNão
    Biografia do autorJacques Vaché (1895-1919), autor sem obra, precursor do surrealismo e dândi anglômano, foi escritor e desenhista francês. Inicia sua rebelião contra a sociedade e o sistema literário burgueses já em Nantes, em 1913. A atitude aristocrática de Vaché, além de sua capacidade em reduzir “a uma escala derrisória” tudo aquilo que geralmente “se dava grande importância”, impactou profundamente André Breton, que enxergava na atitude do amigo “a forma mais evoluída do dandismo”. Não à toa, Breton redigirá no “Primeiro manifesto do surrealismo” a seguinte asserção: “Vaché é surrealista em mim”.
    Peso136g
    Autor para link
    Livro disponível - pronta entregaSim
    Dimensões18 x 11 x 1
    IdiomaPortuguês
    Tipo itemLivro Nacional
    Número de páginas156
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2021
    Código Interno957553
    Código de barras9786587451039
    AcabamentoBROCHURA
    AutorVACHÉ, JACQUES
    Editora100/CABEÇAS
    Sob encomendaNão
    TradutorCARDOSO, DIOGO

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