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Sinopse
Cartas de Rodez
, no período que passou internado no manicômio de Rodez, dois anos antes de sua morte, em 1948. Poeta, autor, ator de teatro, escritor... em duas palavras, gênio e louco. Palavras que sempre tentaram (mal)dizer dele, reinternando-o nos lugares habituais da língua, onde será contado com admiração exaltada e transgressão dos limites
As cartas de Rodez permitem que possamos escutá-lo numa experiência extrema, onde o que conta é o infinito, o esvaziamento e a transmutação do corpo e do espírito de um homem que sofre, que delira, que se revolta e denuncia a forma de tratamento e reconhecimento que recebeu nesse período. A ele, somente Deus importa, aos seres humanos cabe consentir numa transmutação sem objeção, sinônima de entrega incondicional ao divino, mais além da religiosidade comum. São, entre outras, as palavras mais sublimes e cortantes que se podem ler nessas Cartas.
Por que ler Artaud? Porque se encontra sempre à nossa disposição, a possibilidade de admitir que a vida pode ir muito além dos limites que insistimos em encerrá-la. Somente alguns poucos seres humanos puderam falar desse lugar de onde ele fala, do qual não temos nenhum registro. Artaud, A Esfinge. São experiências como essas que nos permitem ir até Rodez, escutando suas cartas em voz alta, enquanto escreve. É a nós que ele se dirige.
MAURO MENDES DIAS
Antonin Artaud nasceu em Marselha, em 1896, e morreu em Paris, em 1948. Foi um artista multifacetado: poeta, ator, escritor, dramaturgo, roteirista e diretor de teatro. Ligou-se ao surrealismo, mas rompeu com o movimento por discordar de sua adesão ao comunismo. Em 1935 Artaud conclui
O teatro e seu duplo
, um dos livros mais influentes do teatro desse século. Para ele, o teatro era um ritual que revelava a verdadeira realidade da alma humana e das condições em que vive. Inspirou vários diretores e grupos teatrais que buscavam renovar a linguagem cênica e questionar os valores culturais dominantes. Entre eles, podemos citar Peter Brook, Jerzy Grotowski, Eugenio Barba e o Teatro Oficina no Brasil.
Sua obra tem sido estudada também por aqueles que se interessam pela relação entre arte e psicose.
A vida de Artaud foi uma vida de dor, de pobreza e de loucura. Teve problemas mentais, como depressão, alucinações e delírios. Em 1937, foi internado em um hospital psiquiátrico após um surto na Irlanda. Passou os últimos onze anos de sua vida em diferentes instituições psiquiátricas, onde foi submetido a cruéis tratamentos, incluindo eletrochoques. Morreu em 1948, aos 51 anos, em Paris.
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9786555191998 |
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Tradutor para link | BASTOS JORGE HENRIQUE |
Pré venda | Não |
Biografia do autor | Antoine Marie Joseph Artaud, conhecido como Antonin Artaud (Marselha, 4 de setembro de 1896 — Paris em 4 de março de 1948) foi um poeta, ator, escritor, dramaturgo, roteirista e diretor de teatro francês de aspirações anarquistas. Ligado fortemente ao surrealismo, foi expulso do movimento por ser contrário à filiação ao partido comunista. Sua obra O Teatro e seu Duplo é um dos principais escritos sobre a arte do teatro no século XX, referência de grandes diretores como Peter Brook, Jerzy Grotowski e Eugenio Barba. Seus restos mortais se encontram no Cimetiere de Marseille, França. |
Peso | 282g |
Autor para link | ARTAUD ANTONIN |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 20.5 x 13.5 x 3 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 196 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2023 |
Código Interno | 1059721 |
Código de barras | 9786555191998 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | ARTAUD, ANTONIN |
Editora | ILUMINURAS |
Sob encomenda | Não |
Tradutor | BASTOS, JORGE HENRIQUE |