Em todos esses quarenta anos em que, honrosamente, vivo no Estado Acre, muitos causos pude ouvir, ocorridos com gente próxima ou distante. Outros, ainda, pude vivenciar. Os causos que agora apresento são todos baseados, em maior ou menor grau de fidelidade, em fatos, e versam sobre situações ocorridas com as pessoas que residiram ou ainda residem nessa porção da Amazônia chamada de Acre. Falam sobre as energias da mata e das águas, das forças dos animais, dos encantamentos dos seres mitológicos e da própria floresta. Não me proponho a afirmar ou negar sua veracidade, desejo apenas repassá-los, dado serem, ao meu juízo, interessantes, instigantes, desveladores, merecendo o devido registro e divulgação. Não pretendo contar todas as história que conheço ou vivenciei, apenas aquelas que possibilitem ao(à) querido(a) leitor(a), um pequeno vislumbre da vida das gentes desse pedaço de chão, ou porque nasceram na Amazônia, ou porque adotaram essas terras como seu verdadeiro lar e lugar. Nada mais interessante e relaxante que ler um bom “causo da floresta”, bebendo uma xícara de café e comendo tapioca de castanha ou pupunha cozida com manteiga (mas pão de queijo também serve). Se estiver deitado em uma rede, então, será uma viagem ao paraíso verde, ou, algumas vezes, inferno verde... Através desses causos, pretendo lhe introduzir o gosto, a curiosidade, o respeito mesmo, pela inegavelmente maior riqueza do Brasil e da América do Sul (porque a Amazônia cobre também outros países Sul-Americanos), que o mundo inteiro lá fora cobiça. Seja bem-vindo(a) e obrigada por ler este meu tão modesto trabalho literário. Grata!