Com sua primeira obra de versos, Mara Angélica Cordeiro, se insere na
cena da poesia contemporânea com a fabulação poética de Chão de Neve, - escrita na gélida Irlanda, distante de seu amado que mora no Brasil- um amor visceral e avassalador, mas separados por um gigantesco oceano. Que a partir da qual institui em poesias a inquirição de obstinada busca de convencê-lo que seu amor é verdadeiro e continua célere nas veias e no coração. Para ser mais exata, a saudade do homem da sua vida, a solidão, a distância da família, da pátria amada, o choque cultural, o país gelado, com a companhia apenas de seu gato, mozer, de sua velha máquina de escrever, dos vinis na vitrola e a taça sempre cheia de prosecco foram devidamente combinados e perfeitamente aproveitados como estrutura dessa linda construção poética.
Um subterfúgio como possibilidade e instrumento de procura do eixo: de si, do amor, da poesia, das suas condições de enunciação Uma experiência capaz de equacionar (ou quem sabe “lançar”) todos esses “dados” em mudanças de vidas. Gozam ambos, poeta e a obra, de um estatuto rico, com traços de amor marcantes, numa benevolência audaciosa e irrefutável que o amor é a base da vida e que toda luta por quem se ama vale a pena.
Convencida do sim do seu belo inspirador, a autora poetiza como se esboçando em um Chão de neve. Nesse terreno de imagens avassaladoras e fugazes criada por sua íris, numa verdadeira avalanche de neve, sem a geografia fixa, mas com os mapas dos dois corações apaixonados.
A escrita se coloca como rastro de estrelas do mar, sempre fugidio: arte traçando na superfície, como o sol, escrevendo raios coloridos em cima do mar. A obra dispõe um vasto conhecimento sobre a vida, tendo como extrair significativas emoções: como pano de fundo, as vivências da Poeta e no rodapé a identificação de nossas próprias vivências.
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