Querida amiga escritora: As pessoas às vezes falam: “Minha vida daria um livro”!; o que se fundamenta no seu caso. Quanta história, quantos momentos intensos vividos! Lendo sua história, vivi junto com você seu acúmulo de trabalho, de preocupações, de alegrias, de dedicação ao seu pai e aos cachorros. Ri e chorei em cada uma das traquinagens e vivências com a chegada da doença. Você manteve o humor enquanto dividia com o leitor acontecimentos trágicos; como o acidente com seu pé, que ficou como o do curupira. Está presente no livro uma sequência clara de fatos que facilitam ao leitor o entendimento da mensagem que quis transmitir. O tema central do livro se destaca: o amor, o cuidado, a dedicação e a não aceitação do abandono a fim de que as pessoas percebam e tratem seus animais como filhos. Você não só salienta isso várias vezes, como conta a oportunidade que teve de fazê-lo no caso do seu acidente com o tornozelo. Até por orientação do médico que a atendeu; pela sua vivência anterior, quando doaram o Nero, na época da doença de sua mãe; e não o fez. A posse responsável é individual e só você responde pelos seus atos, portanto não pegue para que outro cuide. Naquela época a sua condição não lhe permitia a atitude que você tem hoje. Você se remete aos acidentes ocasionados pelos cachorros tal qual uma mãe que procura justificativas nela própria; coisas que ela poderia ter pensado para que aquilo não acontecesse. E isso é mais um grande requisito da posse responsável. Interessante você pontuar todas as condições que o adotante precisa ter ao pegar um animal, mesmo ganhando, pois só isso é de graça. Revela nas entrelinhas um entendimento dos fatos do cotidiano, das situações da vida e as reflexões profundas que foi realizando no decorrer das histórias num esforço para compreender alguns mistérios. Assim como o prazer nas pequenas coisas, na tentativa de assegurar momentos de alegria em meio à dificuldade das situações narradas. Você manteve o foco da narrativa quando