Enquanto o regime comunista conseguiu manter a China privada de uma economia de mercado aberto, o gigante vermelho permaneceu adormecido. Entretanto, as portas para o mercado global, e principalmente Ocidental, foram-se abrindo e, hoje, a força ingovernável de 1,3 mil milhões de consumidores chineses faz-se ouvir e sentir por todo o mundo. A China, avisa o autor, tem o mais rápido crescimento económico do mundo, chegando mesmo aos incomparáveis dois dígitos anuais, e a força da sua importação, do seu consumo interno e, mais tarde, da sua exportação faz dela o maior pólo de atracção económico do mundo, arrastando para si todas as grandes empresas do Ocidente. Este país, possuidor da maior e mais organizada mão-de-obra do planeta, e uma das mais baratas, chama a si a produção de tudo quanto é fabricado no Ocidente, desenvolve o conhecimento e vende a metade do preço. Do encerramento de fábricas à invasão dos produtos baratos "made in China", das histórias de migração dos Chineses às metrópoles económicas chinesas, como Xangai, das baixas condições de trabalho à poluição crescente da Ásia, do assalto ao mercado on-line à produção própria de computadores, carros, aviões e medicamentos, Ted Fishman mostra aos leitores uma nova página da economia mundial, a página do século XXI, escrita em mandarim.