Nos anos 70, Gil e Caetano propuseram uma revolução criativa e rompimento com os formatos adotados até então no cenário musical nacional que foi batizada de movimento tropicalista e marcou a década, influenciando a música que viria a ser produzida depois. É um rompimento semelhante com os padrões de produção do cinema e TV nacionais que o autor Newton Cannito propõe em ?Choque de Tropicalismo?. Com prefácio de Cacá Diegues e orelha de Manoel Rangel, Diretor Presidente da ANCINE, o autor propõe uma análise sobre a produção televisiva e cinematográfica nacional, fazendo um panorama do terreno atual para depois explorar opções e alternativas de mudança. Dividindo o livro em cinco partes: Intervenções estéticas/políticas, Intervenções políticas/estéticas, Reflexões sobre a prática, Fábrica de ideias cinemáticas e Centro de Inovação audiovisual, Newton Cannito usa a experiência de cineasta, roteirista e humorista; e ex-Secretário do Audiovisual durante o Governo Lula para apontar os problemas da produção cinematográfica/televisiva nacional, como a falta de variedade e criatividade na criação de novas temáticas e a persistente visão do público como um grupo homogêneo e, por vezes, imbecil, para, em seguida, destacar alternativas, como a possibilidade de aproveitar a diversidade do público nacional.