Como as atuais estéticas do realismo na fotografia, cinema, literatura e meios de comunicação contribuem para moldar a nossa percepção de realidade? Para responder a essa questão e aprofundar o debate sobre o retrato da 'vida como ela é', a professora e pesquisadora Beatriz Jaguaribe reúne, em 'O choque do real: estética, mídia e cultura', seis ensaios que investigam o poder mobilizador das novas estéticas do realismo no Brasil e no mundo. Os ensaios reunidos neste livro possuem uma conexão orgânica, mas podem ser lidos separadamente. 'Modernidade cultural e estéticas do realismo' oferece um painel seletivo que ajuda a compreender a relação entre estéticas do realismo e experiência cultural na modernidade tardia. Escrito em co-autoria com Maurício Lissovsky, 'O visível e os invisíveis: imagem fotográfica e imaginário social' revela quem são os personagens visíveis e invisíveis no cenário público do país. 'O choque do real e a experiência urbana' é uma reflexão sobre os dilemas do desmanche social urbano brasileiro, em face da saturação midiática. Em 'Favela Tours', Beatriz Jaguaribe discute como a venda turística da favela aposta na representação de uma comunidade empática que tenta superar a violência e a escassez. O ensaio 'Realismo sujo e experiência autobiográfica' indica como as estéticas do realismo embaçam as fronteiras entre o real e o ficcional. Por último, 'Bonecas hiper-reais: o fetiche do desejo' coloca em pauta o desejo mimético de transformar a matéria inerte em objeto encantatório.