Este romance com o título “Cidade morta”, trata da história da família Nascimento que vivia pacatamente na cidade ficcional de “Rosário Paulista”, numa área rural próxima ao centro da pequena cidade, cujo sítio pertencia à família desde tempos imemoriais. Era uma família simples e humilde que, de repente, se depara com acontecimentos estranhos que vêm empanar a alegria e o sossego desta pacata família - que simplesmente não incomodava ninguém. Os membros da família Nascimento têm como vizinhos limítrofes uma família também de sitiantes: composta pelos pais e quatro filhos, ou seja, pai, mãe, dois filhos e duas filhas, que viviam num constante clima de beligerância graças à destemperada Cacilda (a mãe) e os filhos trogloditas Cidão e Faustino. Tratava-se de uma família notoriamente barulhenta e desajustada na qual a família Nascimento procurava distanciar-se o máximo possível, embora houvesse um respeito mútuo e mudo entre os chefes de ambas as famílias. Com o passar gradual do tempo e diante de uma incômoda e repentina revelação, a moça Eunice Nascimento começou a simpatizar com a menina Prudência e também com sua irmã Rosária (esta era apaixonada por Artur – irmão de Eunice). Prudência, aliás, revela algo assustador a Eunice. Tudo levava a crer que se tratava de um plano maquiavélico que poderia causar sérios transtornos à tranquilidade da família Nascimento. A partir daí uma avalanche de trágicos acontecimentos começou a ocorrer sem que ninguém pudesse impedir, porquanto é quase impossível combater um inimigo oculto que age com destreza e paciência com o intuito de atingir o objetivo que tem em mira. E, ao final, ambas as famílias lograram ser atingidas pelo rolo compressor da maldade e da intolerância. Ao estilo do autor sempre fica algum mistério suspenso no ar. Ele simplesmente abre ou fecha alguma porta na imaginação do leitor.