A filosofia da Escola de Kyoto surge e se consolida em torno de Kitaro Nishida, fundador da Escola e um dos mais importantes intelectuais japoneses do século XX. As gerações posteriores permanecem, em suas mais distintas formas, vinculados a ele. Dentre as várias caraterísticas deste movimento filosófico, suas relações com a ciência e arte podem ser consideradas as principais diretrizes e referências. Nishida desenvolve sua filosofia em diálogo com as referências principais das ciências ocidentais, principalmente com a matemática e física. Nishida está em contato com os principais movimentos estéticos de sua época e é, ele próprio, artista, vinculado às tradições estéticas orientais. Poeta, autor de Heikus e Tankas, exímio “calígrafo”, que dominas técnicas das tradições de uso de pinceis e foi considerado um grande pintor\calígrafo. Hajime Tanabe é o segundo mais importante membro da Escola e escreve, também, importes textos de filosofia da matemática. Com Hisamatsu e Nishitani a Escola de Kyoto dá continuidade à sua estreita relação com a arte e a ciência, pois Hisamatsu é também um importante pintor\calígrafo e profundo conhecedor da arte Zen-budista. Nishitani dialoga diretamente com as bases e os pressupostos “metafísicos” da ciência do século XX, principalmente a partir das reflexões de Nietzsche e Heidegger, sobre a ciência moderna. A última geração da Escola de Kyoto permanece fiel a essa tradição e temos vários autores que tratam de questões epistemológicas e estéticas, dentre eles merece ser mencionado Ryôsuke Ohashi, um dos mais importantes representantes da linhagem vinculada à filosofia da arte.