A obra foge da metodologia convencional empregada em livros didáticos para engenharia. Ao abandonar a repetição de conceitos "tradicionais" (aparentemente consolidados) e, ao contrário, contestã-los, o livro mergulha o leitor no universo do questionamento que é o motor para novas descobertas. Assim, o leitor vai aos poucos compreendendo que, no vasto campo da soldagem, não se pode formular conclusões generalizadas em grande parte dos temas. Isso se torna mais critico com o avanço continuado da tecnologia de fabricação de equipamentos, de insumos e de materiais metálicos, assim como das técnicas envolvidas. Por isso, novas relações vão sendo estabelecidas entre as variáveis de soldagem e as características operacionais dos dliferentes processos, assim como, entre estas variáveis e os aspectos econômicos, geométricos e metalúrgicos da solda resultante, considerando-se, naturalmente cada situação especifica Com isso, vão se adequando novos conceitos e velhos paradigmas aos poucos devem ser substituidos. E assim, ampliam-se os campos de atuação de cada um dos processos de soldagem a arco voltaico. Alguns e seus tradicionais handbooks, por exemplo, trazem abordagens superficiais ao comparar os processos TIG e Plasma, induzindo precocemente os estudantes a um entendimento de que o processo Plasma, de uma forma geral, apresenta uma maior penetração do que o Processo TIG, sem considerar, por exemplo, os diferentes comprimentos de arco, a real distribuição de temperatura ao longo destes arcos, assim como a diferença da tensão e por conseguinte, da potência de soldagem entre eles. A partir de experimentos desenvolvidos pelo autor, foi possivel descrever um modelo comparativo mais próximo da realidade e que lança novos argumentos sobre a abordagem do processo TIG, desmistificando, dentre outras questões, a premissa de que ele não seria indicado para a soldagem de chapas mais espessas. Neste caso, ressalta-se o grande potencial do TIG no enfrentamento ao processo MIG/MAG quanto à capacidade de fusão do material de base.