CINCO ANTONIOS, DUAS CIDADES

A trajetória singular de São Paulo liga-se à sua instalação no planalto, enquanto todas as outras vilas do século XVI estavam no litoral.
A íntima parceria com os indígenas locais através das mulheres, a grande quantidade de parentes, a ocupação do território com o apoio local e a imensidão da Capitania definem essa singularidade. A descoberta do ouro pelos paulistas, a vasta migração portuguesa ao Brasil incorporaram Antonio da Silva Prado, o primeiro desse nome, a Sant’Anna do Parnaíba.
A família cresceu, enriqueceu, fez boas alianças e o terceiro Antonio foi feito Barão de Iguape. Sua filha Veridiana era mulher a frente de seu tempo e criou filhos de diversas orientações de pensamento: monarquistas, republicanos, fazendeiros e eruditos, eles cresceram e apareceram na vida paulista.
Limitamos nossa memória aos Antônios e assim o quarto Antonio foi personagem de muitos feitos: Conselheiro do Imperador, fazendeiro, banqueiro, esportista e principalmente um benfeitor da capital.
Do último, o Prado Junior temos um esportista de escol, ciclista, fundador do Clube Atlético Paulistano e seu presidente por décadas, foi Prefeito do Rio de Janeiro em gestão profícua.
Estimulo o turismo, apoio a reforma da educação e construiu a sede da Escola Normal do Distrito Federal, promessa do Imperador., Abriu e pavimentou estradas, terminou o desmonte do Morro do Castelo em importante obra de engenharia.
Livro ilustrado principalmente com imagens do Acervo Veridiana da Silva Prado, generosamente doado pela família ao Instituto Moreira Salles.