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Sinopse
Corre a década de 1990, quando o local, no centro do Rio de Janeiro, havia se transformado em endereço de encontros homossexuais, enquanto na tela eram exibidos filmes de pornografia hetero. Entre homens e travestis, e uma única mulher que vendia balas e cigarros, o prazer é obtido furtivamente, sob a parca luz da projeção.
O livro se baseia na experiência do autor e em sua observação detalhada do dia a dia do local e seus frequentadores. O cinema Orly é, para o autor, um paraíso e um inferno. Reinam os fluidos e a genitália exposta. E as incursões entre as fileiras de poltronas se tornam uma rotina na vida do narrador, que antes de cada visita passa por um botequim para beber uma cerveja e uma dose de conhaque.
Capucho entremeia a narrativa com letras de músicas que ele compõe de acordo com suas vivências. Para o narrador, a experiência de frequentar o cinema de “pegação” significa provar do mais radical anonimato, ser apenas uma imagem sem alma. No entanto, o cinema Orly tem uma surpreendente face civilizatória: policiais entram de quando em quando na sala de exibição e não interagem com ninguém. Tornam, assim, a plateia do cinema um espaço de sociabilização, um terreno preservado da violência urbana e dos sobressaltos do cotidiano. Tudo é ao mesmo tempo previsível e inesperado. “O cinema havia desenvolvido suas próprias regras”, escreve o autor. “No seu subterrâneo, dentro de sua bolha, fazíamos parte de outro mundo, cuja higiene, noção ética, amplitude, atmosfera, gravidade, cor, movimento e abordagem social eram parte de um mundo diferente do mundo lá fora.”
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9786554610421 |
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Pré venda | Não |
Biografia do autor | Luís Capucho nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, em 1962. Autor de diversos livros – dentre eles Rato (2007), Mamãe me adora (2012), Diário da piscina (2017) e Cartas para o Edil (2023) –, é também cantor e compositor e deu aulas em escola pública. Desde os 13 anos vive em Niterói, onde se graduou em letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Cinema Orly foi seu primeiro livro, e a primeira edição, de 1999, ganhou o prêmio Arco-Íris dos Direitos Humanos (2005). A obra recebeu versão para o espanhol em 2022. Em 2017, o autor recebeu a medalha José Cândido de Carvalho pela Câmara Municipal de Niterói por sua obra literária. No início dos anos 1990 teve composições suas – em parceria com Mathilda Kóvak e Suely Mesquita, entre outros – gravadas por nomes como Cassia Eller, Pedro Luís e Arícia Mess. Entre suas canções mais conhecidas estão “Maluca”, “Máquina de escrever”, “O amor é sacanagem” e “Eu quero ser sua mãe”. Em 2003, lançou seu primeiro álbum, Lua singela, que foram seguidos por Cinema Íris (2012), Antigo (2012), Poema maldito (2014), Crocodilo (2019) e La vida es libre (2023). Em 2023 teve sua vida e obra retratadas no filme Peixe abissal, documentário dirigido por Rafael Saar e selecionado para a 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes. |
Peso | 280g |
Autor para link | CAPUCHO LUIS |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 18 x 13 x 1.5 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 180 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2023 |
Código Interno | 1068930 |
Código de barras | 9786554610421 |
Acabamento | CAPA DURA |
Autor | CAPUCHO, LUIS |
Editora | CARAMBAIA ** |
Sob encomenda | Não |