No imaginário popular, a pessoa que sofre de uma doença da mente é rapidamente associada às manifestações mais extremas de desajuste psiquiátrico. No entanto, existem outras formas mais difusas e menos evidentes de psicopatologias que fazem a pessoa se sentir inadequada, impedem-na de pensar que alguma coisa pode mudar em sua vida, que a infelicidade é natural e que os relacionamentos são fontes de dor e humilhação. Há diversas teorias sobre a gênese desse tipo de neurose centrada na relação interpessoal, e este livro se propõe a apresentar algumas delas. A obra informa e sistematiza a evolução da Psiquiatria e da Psicanálise na busca pela compreensão do ser humano e das doenças da mente. Para explicar o processo psicopatológico, o autor recorre a conceitos e teorias tradicionalmente utilizados, como traumas, conflitos e carências, e a modelos explicativos mais recentes, que ele e alguns especialistas chamam de "desconhecimentos e dissintonias". A leitura é clara, agradável e, embora se destine essencialmente a estudantes de Psicologia e Psiquiatria, pode ser bastante útil para orientadores religiosos ou pastorais, bem como a todos os interessados em entender a dinâmica das doenças da mente e as questões que atormentam e fazem o ser humano sofrer, destacando a importância da qualidade das relações humanas.