Em seu texto de introdução de Como ler um escritor, John Freeman ressalta: “Sempre achei uma experiência eletrizante encontrar romancistas. Não é a mesma coisa de topar com uma celebridade, quando nossos olhos se reajustam aos verdadeiros contornos físicos de alguém visto primordialmente nas telas. Tem mais a ver com perceber que o criador de um mundo fictício, um universo que vive dentro de você como leitor e ao mesmo tempo parece estranhamente incorpóreo, não é tão interior quanto esse mundo, e sim alguém vivo, de carne e osso”. Em conversas informais, reunidas ao longo de anos de entrevistas, John Freeman, crítico literário, escritor e ex-editor da revista Granta, procura desvendar não só os livros, mas o que pensam alguns dos mais proeminentes escritores da atualidade. Dos estreantes aos consagrados; dos polêmicos aos mais reservados. Experiente no ofício e com acesso privilegiado a grandes autores contemporâneos, o resultado é um rico mosaico sobre as maneiras de pensar a literatura hoje. Nos últimos 15 anos, sempre que um romance era publicado nos Estados Unidos, Freeman estava lá para avaliá-lo. Escrevendo para mais de uma centena de jornais ao redor do mundo, o autor resenhou milhares de livros e entrevistou uma série de escritores. Em Como ler um escritor, ele reúne os perfis dos mais importantes nomes da literatura atual e procura compartilhar com o leitor o que aprendeu ao longo dessas conversas. Sua lista é abrangente. Vai de autores internacionais, como Haruki Murakami, Mo Yan e Orhan Pamuk, aos norte-americanos consagrados, como Norman Mailer, Philip Roth e John Updike, passando pela geração mais recente - mas não menos brilhante - de Jonathan Franzen e David Foster Wallace.