A presente obra foi a primeira a oferecer uma explicação estratégica do comportamento judicial. Nesta linha, os juízes fazem escolhas a fim de atingir certos objetivos (com o objetivo político ocupando um lugar de predominância em Como os juízes decidem?); eles agem estrategicamente no sentido de que suas escolhas dependem de suas expectativas sobre as escolhas de seus colegas e outros atores relevantes; e suas escolhas são estruturadas pelo ambiente institucional em que são feitas. Definido desta forma, o relato de Murphy pertence a uma classe de explicações de escolha racional não paramétrica, uma vez que assume que os atores direcionados a um objetivo — aqui, os juízes — operam em contextos de tomada de decisão estratégicos ou interdependentes. Como os juízes decidem? concentra-se principalmente no contexto interno do julgamento — relações entre colegas.Como e por que a estrutura do Como os juízes decidem? mudou para sempre o estudo do comportamento judicial são questões interessantes... Vale a pena perguntar como Murphy chegou a essa linha de pesquisa. Levantamos isso porque seus colegas realistas-comportamentalistas estavam todos perdidos no mundo da psicologia social, enquanto ele se baseava na economia. Por que ele se afastou dessa dimensão crucial?Em nossas discussões com o professor Murphy, perguntamos a ele exatamente isso. Ele nos disse que, desde seus dias no Corpo de Fuzileiros Navais, costumava conceptualizar o mundo em termos estratégicos. Assim como nenhum comandante militar pode esperar vencer uma batalha sem levar em conta a posição e as ações prováveis de seus oponentes, ele acreditava que os juízes não podem esperar estabelecer uma política duradoura a menos que estejam atentos às preferências e prováveis ações dos atores que poderão ficar no seu caminho, incluindo colegas, políticos e o público.– Lee Epstein & Jack Knight