Que rumo dar à vida quando o individualismo e o materialismo não determinam mais a direção dos nossos passos? Como usar nossa força e lucidez em favor de algo mais dignificante? O Tibete e todo o drama de seu povo, que teve não apenas seu territórioinvadido pela China, mas todas as suas liberdades violadas, inclusive a religiosa, e mais, a liberdade de estar vivo, surgiu na vida de Catarina, uma jovem brasileira, como uma nobre oportunidade de trabalho em favor da valorização da vida, da beleza, da harmonia e da compaixão. Uma fotografia de uma criança atravessando o Himalaia em fuga de seu próprio país é a faísca que acende seu desejo de se entregar a causa tibetana. Transfere-se para Dharamsala, a cidade indiana principal refúgio dos tibetanos, e junto à comunidade exilada, depara-se com as nuances de uma realidade que muitos historiadores chamam de O Holocausto Asiático, com mais de um milhão de assassinatos e graves violações aos direitos humanos do povo dos himalaias. O Budismo também padece, computando-se mais de seis mil templos e monastérios destruídos e raptos de importantes Lamas. Mas, antes de Catarina iniciar seu plano de ajuda aos tibetanos, a Índia, com seus gurus - falsos e verdadeiros - seus rios sagrados, yoga, infinitas deidades, Gandhi e seu bilhão de filhos, abre suas portas para ela - mais do que isso - joga-a aos seus mistérios como parte do aprendizado indispensável antes que ela fizesse qualquer coisa em favor do Tibete. De volta à Dharamsala depoisde meses se curando e se aperfeiçoando por outras partes da Índia, e renovada no espírito, Catarina dá início ao seu trabalho, contando com a ajuda do tibetano Tenzin, um vendaval que sopra compaixão, e da comunidade internacional de apoiadores da causa pela liberdade do Tibete. O desfecho desta jornada impressionaria não só os tibetanos, mas o mundo, e teria conseqüências fortes. E o que sentiram os deuses no dia em que o planeta Terra proveu luz para o universo? O leitor saberá.