Métodos eficientes no controle de fitonematoides tornam-se escassos, principalmente após a retirada de várias moléculas nematicidas do mercado, devido à toxicidade ao homem e ao ambiente. Para suprir essa lacuna, muitos compostos produzidos por microrganismos e plantas vêm sendo isolados e apresentam elevado efeito nematicida, entre eles os compostos orgânicos voláteis (COVs). COVs são pequenas moléculas de hidrocarboneto com capacidade de afetar as interações entre muitos organismos. Vários estudos mostram a produção de tais substâncias pelas plantas, bactérias e pelos fungos, com diversas funções. Com o desenvolvimento de novas técnicas, cresce, nos últimos, anos o número de trabalhos identificando COVs tóxicos a fitonematoides, principalmente, entre os microrganismos ou plantas antagonistas. As técnicas devem permitir o contato do nematoide apenas com as moléculas voláteis sem interferência das demais moléculas. Assim, a busca por novos COVs como alternativa no controle de fitonematoides tem sido muito explorada e com potencial prático para uso no campo, seja pela incorporação da fonte produtora de COVs tóxicos no programa de manejo, seja pela identificação de uma substância volátil nematicida para uso comercial. O número crescente de fungos, bactérias e plantas produtoras de COVs com atividade nematicida, encontrados recentemente pela pesquisa, expôs a importância dessas moléculas no controle de fitopatógenos do solo. Nesta publicação foi realizada uma contextualização dos estudos e das técnicas para avaliação de COVs com atividades tóxicas a fitonematoides e, até mesmo, outros fitopatógenos.