Este livro apresenta o trabalho de um grupo de pesquisadores que se reuniram em Belém do Pará, em novembro de 2007, durante o simpósio intitulado “Conservação da biodiversidade em paisagens florestais antropizadas”, organizado pelo Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEC), em parceria com a Universidade de East Anglia e a Universidade de Lancaster, ambas do Reino Unido, para examinar e quantificar os impactos das populações humanas sobre a biodiversidade das regiões florestais no Brasil. Apresentam-se aqui vários estudos realizados em áreas fragmentadas e paisagens altamente degradadas, além da discussão sobre os desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade em áreas protegidas, florestas manejadas pelo corte seletivo, florestas secundárias e em regiões sujeitas ao uso intensivo da terra, incluindo monoculturas anuais mecanizadas, silvicultura, pecuária e urbanização. O livro reflete sobre as principais perspectivas de persistência ou extinção de espécies florestais em diferentes componentes de paisagens modificadas por vários padrões de perturbação humana, e em circunstâncias bastante diversas, com uma abordagem multitaxonômica e em escalas de paisagem a respeito do impacto das mudanças no uso da terra sobre a biodiversidade florestal em várias regiões e ecossistemas do Brasil, incluindo a Amazônia, a Mata Atlântica e o Pantanal. Há inclusive um debate importante sobre as bases científicas da revisão legislativa do Código Florestal brasileiro; a otimização agroambiental na compatibilização da produção eficiente de alimentos e retenção de biodiversidade em mosaicos de paisagem; zoneamentos ecológicos e econômicos de grandes blocos de terras públicas e privadas nas escalas de estados e biomas; e o delineamento do processo de expansão, implementação e consolidação das áreas protegidas em todo o país.