Esta obra, apoiada na descrição e na interpretação de imagens fotográficas, pretendeu compreender os símbolos, arquétipos e mitos que povoaram o imaginário missioneiro, no período que se estendeu da instalação da Companhia de Jesus à sua expulsão. Em 1607, chegaram à Província Jesuítica do Paraguai alguns missionários europeus. As missões formaram uma entidade política que traçou suas próprias fronteiras mantendo-se independente da Coroa Espanhola. Então, em 1767, o governador de Buenos Aires recebeu ordens assinadas na Real Pragmática por Carlos III, amedrontado ante a possibilidade de que os jesuítas colocassem em perigo o seu poder real. O cenário escolhido foram somente as reduções que hoje são consideradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco e que ocuparam parte dos atuais territórios de Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia. O estudo trata da hermenêutica simbólica com base na teoria de Gilbert Durand; da descrição das reduções jesuítico-Guarani selecionadas; dos mitos da história cristã e da mitologia Guarani nesses territórios; e, por último, dos símbolos e arquétipos presentes nos objetos fotografados nos sítios arqueológicos, surgidos a partir do estudo dos mitemas e mitologemas da mitocrítica durandiana. Historiadores, artistas, antropólogos, arquitetos, filósofos, educadores, sociólogos e público em geral terão interesse na leitura deste livro que traz como diferencial um entendimento baseado na materialidade das fotografias realizadas de objetos artísticos e arquitetônicos legados pela interculturalidade indígena e não indígena da antiga Paracuaria.