Container-Pátria: a história das casas de cobre, da Alemanha a Israel lança um olhar sobre um episódio ainda pouco conhecido na história da arquitetura: as casas de cobre produzidas pelas empresas Hirsch e desenhadas pelo arquiteto Walter Gropius, entre outros. Além do material metálico de grande durabilidade e resistência ao tempo, as casas pré-fabricadas eram equipadas com instalações elétrica, hidráulica e de escoamento que já vinham integradas nos módulos de parede e teto. Uma cozinha pré-moldada e um aquecimento central estavam incluídos no preço de compra. A casa podia ser embalada em caixas, transportada para qualquer lugar do mundo e montada em apenas 24 horas. Enquanto o interior seguia o padrão modernista, seu aspecto exterior reproduzia o estilo tradicional de casa de campo, com sacadas e telhados em ponta ou de três águas. Junto ao conteúdo relativo à história da arte, o livro aborda particularmente o significado das casas na emigração de judeus alemães para a Palestina a partir de 1930, impulsionada pela ameaça crescente representada pela ascensão do nacional-socialismo. Como a Palestina era uma região completamente estranha para a maior parte dos imigrantes, as casas de cobre, transportadas em navios, simbolizavam uma continuidade de seu antigo lar na nova terra. As casas de cobre não chegaram a ser um sucesso comercial. Apenas um pequeno número de unidades chegou a ser vendido. As que restaram na Alemanha encontram-se tombadas como patrimônio histórico. Friedrich von Borries e Jens-Uwe Fischer foram em busca dos construtores e moradores das casas de cobre na Alemanha e em Israel, para conversar com eles sobre o que é e o que poderia ser essa utopia da casa-pátria.