Um iceberg majestoso como o que se vê nos lagos da Patagônia: azuis, caindo do glacial e desmoronando devido ao degelo. O temido nos mares é responsável por naufrágios trágicos, como relatam em filmes e livros, a exemplo do Titanic... A parte visível sobre a superfície é mínima. O que está submerso é invisível aos olhos humanos... Pois é, assim poderíamos imaginar a mente humana. O que pensamos saber, como agimos no dia a dia, o tal do consciente é uma parte mínima do psiquismo, podemos ter acesso ao ''invisível'', a uma fração do inconsciente, nos sonhos, durante terapias específicas, treinamentos dirigidos, técnicas diversas; mas chegaríamos algum dia ao pleno conhecimento do aparelho psíquico de alguém? Persiste a dúvida a ser esclarecida pela maioria das correntes psicanalíticas. A autora relata experiências pessoais no atendimento a pacientes, cujos nomes são preservados, tentando valorizar a observação, a escuta do ser, desde a vida intra--uterina, enfatizando o cuidado na fase da formatação do aparelho psíquico (até os sete anos), e da fixação dos conceitos adquiridos (dos sete aos catorze anos), onde a boa estrutura dos cuidadores da criança é fundamental para uma futura mente sadia.