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Sinopse
Aos dezesseis anos começou a ganhar seu sustento com o desenho e a pintura (que nunca abandonou), curiosamente dedicados à ornitologia. Seu livro
Ilustrações da Família dos Psitacídeos, ou Papagaios,
publicado aos 19 anos pela
Zoological Society
, consagrou-o como um dos maiores artistas ornitológicos de sua época. O sucesso levou-o a trabalhar (como pintor naturalista) na propriedade do Conde de Derby e a divertir os filhos dele com curiosas composições
nonsense
de 5 linhas rimadas (AABBA), chamadas
limericks
, os limeriques, hoje consagrados no mundo inteiro, que a tradutora soube tão bem apresentar em português. O nonsense (absurdo, disparate) não tardou a tornar-se a marca registrada das composições de Lear, tanto em pintura e poesia quanto em prosa e... até na culinária (um de seus amigos foi o chef albanês, Giorgis, que cozinhava pessimamente) e na História Natural, conforme é mostrado nas ilustrações deste livro. Mas se trata do nonsense de Lear, que como nos limeriques, tem suas características próprias: obsessão pelos elencos de livros e plantas, vegetais exóticos cruzados com seres vivos, neologismos, números, sons melodiosos e “mucilaginosos” etc. etc.
Na surpreendente viagem ao redor do mundo que as quatro
pessoinhas
, Violeta, Stilingue, Gui e Leonel empreendem abrindo o livro
Conversando com as varejeiras azuis
(talvez aqui apenas insetos exóticos e colorísticos, apesar do emblema da tenacidade e da vontade de poder que sua picada tradicionalmente transmite), pode-se ver, de contínuo, como a lei de causa e efeito e as conclusões que dela se tiram são alegremente subvertidas, como no episódio do pobre rinoceronte, ao final da viagem: “Quanto ao Rinoceronte, em sinal da grata fidelidade que lhe tinham, mataram-no e o empalharam imediatamente e o colocaram então do lado de fora da porta da casa de seus pais como um diáfano limpa-pés”; ou da torta de “ambilongos”, na receita do mesmo nome: “Sirva num prato limpo e jogue tudo pela janela o mais rapidamente possível.”
Devido à saúde precária e graças a seus sucessos (em 1846 chegou a dar aulas de desenho à Rainha!), para evitar o frio inverno inglês, Lear começou a viajar pelo mundo (Itália Egito, Grécia, Índia, Ceilão...) e a escrever, além de contos, livros de viagem, artisticamente ilustrados. De sua viagem à Índia, Dirce escolheu um poema cheio de estranhamentos, escrito em 1874, que fala de um monstro (Cinturão) que come donzelas indefesas; e sua viagem pela Itália ( neste livro, pela Albanya e Calabrya) mostra como a visão do estrangeiro que consegue ter Lear “ é feita com olhos absolutamente ingleses” ou seja, como, num engraçadíssimo desenho acompanhado de uma lista, são sintetizados todos os utensílios que ele encontra, todos apetrechos necessários ao viajante e,
last but not least
, “os cherubins serenos que apareçeram para o author quãdo ele dormyu”.
Aurora Bernardini
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9788573214994 |
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Tradutor para link | WALTRICK DO AMARANTE DIRCE |
Pré venda | Não |
Biografia do autor | Edward Lear foi um pintor e escritor inglês. Lear era o vigésimo de vinte e um filhos de Ann Skerrett Lear e Jeremiah Lear, um corretor de ações. Muitos dos filhos do casal não viveram além da infância, então a própria sobrevivência de Edward tinha algo de muito circunstancial sobre isso. |
Peso | 100g |
Autor para link | LEAR EDWARD |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 22.5 x 15.5 x 5 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 128 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2021 |
Código Interno | 784200 |
Código de barras | 9788573214994 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | LEAR, EDWARD |
Editora | ILUMINURAS |
Sob encomenda | Não |
Tradutor | WALTRICK DO AMARANTE, DIRCE |