Francisco das Chagas Batista (1882 — 1930), grande cordelista (não era cantador), nasceu em Teixeira, e faleceu em João Pessoa — PB. A partir de 1902, escreveu e editou muitos folhetos seus. Câmara Cascudo, Orígenes Lessa e outros enaltecem-no. Foi também sonetista e parodista. Deixou os livros "A lira do poeta", "Poesia escolhidas" e "Cantadores e poetas populares", este a primeira antologia no gênero.
Era irmão do cantador Antônio Batista Guedes, este, bisavô do violonista Raphael Rabello. Casou-se com sua prima Hugolina Nunes da Costa, foi pai de doze filhos, dos quais sete poetas. Livreiro editor, montou a Popular Editora, que divulgou o cordel no Nordeste.
<> A literatura popular em verso passou por diversas fases de incompreensão e vicissitudes no passado. Ao contrário de outros países, como o México e a Argentina, onde esse tipo de produção literária é normalmente aceita e incluída nos estudos oficiais de literatura. Apesar da maciça bibliografia crítica e da vasta produção de folhetos (mais de 30 mil folhetos de 2 mil autores classificados), a literatura de cordel – cujo início remonta ao fim do século XIX – continua ainda em boa parte desconhecida do grande público, principalmente por causa da distribuição efêmera dos folhetos.