Tudo começou com os preparativos de uma viagem à Itália, período em que a protagonista conheceria suas origens, visitando as terras dos seus antepassados. A China anunciou à OMS que uma espécie de pneumonia surgiu em seu país e que não era igual às outras; parecia ser mais grave e letal. Nesse momento, o nome Wuhan ficou em evidência, visto que era o epicentro da propagação. O coronavírus (SARS-CoV-2) foi identificado em janeiro de 2020, XI Jinping declarou situação de emergência na China. No dia seguinte, foi confirmado o primeiro caso nos EUA e, três dias depois, na França e em Paris. A ação emergencial começou, foi criado um hospital em Wuhan com mil leitos em apenas 10 dias, o que exigiu esforços de 4 mil trabalhadores. A partir desses fatos, a vida como a conhecemos não foi mais a mesma, com o surgimento do vírus mutante, todos sofreram mutações, precisávamos nos adaptar às mudanças em razão da coexistência com o vírus. O dia a dia da protagonista e a evolução do coronavírus (covid-19) são retratados e revelam como o vírus fez da Itália e de seus cidadãos verdadeiros reféns, como afetou e continuará afetando milhões de pessoas, de que modo causou e causará perdas irreparáveis por um tempo que não somos capazes de precisar. Em quarentena, a escritora decidiu contar sua história, pois não podia se afastar de sua casa, tinha de fazer uso da autocertificação para ir ao supermercado e à farmácia, precisava manter o distanciamento social, usar máscaras na face e álcool em gel nas mãos. Com o futuro incerto e o medo que sentia, a vontade de voltar para casa crescia a cada dia. Assistimos a cenas como essas nos filmes de ficção e nos seriados; entretanto, era vida real. A obra é uma mescla entre o diário da protagonista e um documentário que retrata a evolução do coronavírus, as decisões do governo, o comportamento das mídias e a reação dos cidadãos diante do caos que se instaurava.