O autor se propõe a acompanhar o leitor no campo da psicanálise, na dupla dimenção teórica e clínica que (simultânea e indissociavelmente) o constitui, e na crescente complexidade de conceitos como sexualidade infantil, pulsão, inconciente, corpo e narcisismo, entre outros. Maria Isabel Lins pontua: Luciano Elia revisita velhas-novas questões, que aí continuarão enquanto de psicanálise se tratar, limpando-as, revigorando-as, utilizando sem desvios as contribuições que Jacques Lacan nos oferece pelo seu retorno a Freud. Para Romildo do Rêgo Barros: "O tema deste livro de Luciano Elia é forçosamente amplo, porque na verdade ele aborda a questão do corpo seguindo uma dupla direção: a constituição do corpo como fator subjetivo, e aqui ressalta a importância da assunção imaginária definida por Lacan desde os seus primeiros trabalhos, e a constituição do corpo como objeto da psicanálise,a partir do esgotamento da antiga oposição entre a explicação psicológica e fisiológica. Esse esgotamento é marcado historicamente pela localização dada por Freud à pulsão - conceito fundamental em qualquer trabalho psicanalítico sobre o corpo - entre o somático e o psíquico.