Os primeiros livros de vinhos de Luiz Groff, O Espírito do Vinho e O Planeta Vinho, foram compostos por crônicas publicadas na Gazeta do Povo, na época em que o jornal lhe reservava espaço para a publicação integral dos textos.Posteriormente, por razões de edição, o espaço foi reduzido esterilizando a crônica. Reagindo ao espaço exíguo, Groff encabeçou a coluna com a frase: “Curta Invinovéritas cada dia mais curta” deixando ao leitor o arbítrio de colocar a vírgula onde bem entendesse.“Para adaptar-se ao estilo jornalístico, primeiro você escreve a crônica, depois espreme a inteligência e publica o que sobrou.”Esta é a razão pela qual este livro foi formado pelas crônicas publicadas em revistas de alcance nacional: Vinho Magazine, Bon Vivan, Ìcaro.Este livro se divide em duas partes, O Vinho com Humor e o Vinho com Bom Senso. Duas faces do mesmo prisma, a crítica à ridícula pretensão daqueles que fingem que a degustação é uma ciência exata, se faz pela argumentação sensata, quando argumentos há, ou pela ridicularizarão irônica, quando não há argumentos.A degustação, diz Groff, não é uma ciência exata, aliás, nem sequer é ciência.O humor também se volta contra ele mesmo, como se pode ver em várias crônicas, razão pela qual escolhemos a autobiográfica “O Homem que Conhecia Condrieu” para abrir a série.Seu texto é enxuto, engraçado, sutil, de encher os olhos e orelhas.Engenheiro, autor de Teatro, Crítico, Crônicas, Ficção Científica, Groff se define:“Não temo especialistas, posso ganhar do Pelé e do Einstein. Do Pelé em Física e do Einstein em futebol.”