Já dissemos, em outro livro nosso, que, no que diz respeito a escrever livros, somos, a bem da verdade, como uma espécie de vulcão. Como eles, por algum tempo permanecemos como se estivéssemos definitivamente calados até que, de uma hora para outra, em tendo sido provocada nossa ira, espaçamos, de repente, e, novamente, estamos a escrever livros, novos livros. Como se sabe, os vulcões, por tempo indeterminado, se nos apresentam em estado latente, isto é, como se, realmente, tivessem se extinguido. No entanto, inesperadamente, começa-se a observar, saindo de sua cratera, novelos de fumaça e isto, logicamente, é o sinal, evidente e inconteste, de que eles não se extinguiram, muito ao contrário, voltam a se impor pelas suas mais luriosas erupções. Assim, também, somos nós: permanecemos, por longo tempo, sem, de nossa parte, produzir um qualquer livro, um qualquer soneto, uma qualquer poesia, contudo, como se alguém, tivesse mexido com as nossas entranhas, voltamos, de repente, a escrever, entramos em uma nova e violenta erupção de livros novos que entregamos aos nossos muito estimados Irmãos de Fé, amigos e leitores. E isto por quê?!... Simplesmente por que, em nosso íntimo, mercê de DEUS e de todos os Amigos que temos na Espiritualidade: Pretos-Velhos, Caboclos e Exus, jamais se extinguiu e/ou se extinguira a imaginação privilegiada que nos foi dada pela misericórdia divina e, assim, estamos nós novamente a escrever.