Bem alertou o Senhor Presidente que o corte dos subsídios aos funcionários públicos e aos pensionistas não era justo. E o Senhor Presidente sabia do que falava, pois ele também é um desses pensionistas. Lá por não jogar A bisca lambida no jardim de Belém com os outros reformados, não andar a ler todos os jornais gratuitos que oferecem nos semáforos e ganhar uma pensão 33 vezes mais alta do que a de 300 euros que eles têm não quer dizer que o Senhor Presidente não sofra com os cortes nas pensões. (…). Correu até o boato que o Senhor Presidente não ia assinar o Orçamento para 2012. Mas essas pessoas não conhecem o Senhor Professor Cavaco Silva como eu conheço. O seu dever é alertar. Não é vetar. (…) Felizmente durante os seus 48 anos de casado, o Senhor Presidente e a Primeira-dama foram sempre muito poupados. (…) Tivessem os outros reformados feito o mesmo e agora não andavam aí a protestar por tudo quanto é lado. Ganhavam o salário mínimo e não punham nada de lado? E agora queixam-se?! Como se diz na minha aldeia: no poupar é que está o ganho. Nascida em Horta da Vilariça, no final dos anos 40, Maria chegou a Lisboa ainda na flor da juventude. Nascida para trabalhar, rapariga de muita discrição, cedo ganhou a admiração nos corredores do Palácio de Belém. Testemunha privilegiada do dia a dia do palácio, Maria traz-nos ao longo destas páginas o relato inédito e não censurado dos bastidores da presidência do Professor Aníbal Cavaco Silva. Dos pequenos episódios da vida doméstica As audiências com as grandes figuras da política internacional, tudo é aqui registado de forma simples e apaixonada pela empregada do Presidente da República. António Ribeiro regressa A escrita com pano de pó e espanador em punho, para nos abrir as portas do Palácio de Belém e narrar as peripécias de Maria, a empregada de Cavaco Silva. Testemunha única de casos que incendiaram a vida política nacional nos últimos 6 anos. Das alegadas escutas em Belém, As relações institucionais com José Sócrate