Da Rocha ao Solo tem enfoque ambiental por enfatizar os recursos água e nutrientes. É quase sempre difícil saber qual foi o material de origem do solo; à semelhança do grau de contribuição do psamito e do basalto na terra roxa, com diferentes graus de mistura, infere-se o material de origem a partir do solo. A rocha de origem dá informações sobre o potencial de fornecer alguns nutrientes, por exemplo, teor total de fósforo, de ferro; indicações sobre elementos traços e, em algumas circunstâncias, até sobre alguns minerais na fração argila: é o caso da illita (um mineral detrítico) e, talvez, da maghemita; e, mais diretamente, sobre os das frações mais grosseiras. No entanto, uma rocha rica (basalto) pode originar solos ácidos e pobres em nutrientes disponíveis. No Planalto Meridional, as baixas temperaturas aumentam a relação lixiviação/intemperismo e os solos, mesmo desenvolvidos de basalto, tendem a ser rasos e pobres em nutrientes. Rochas bem distintas como basalto e tufito, gnaisse leucocrático e granito ou granodiorito etc. podem originar solos semelhantes; é impossível, por ora, distinguir um Latossolo originado de calcário ou de ardósia do Grupo Bambuí: o solo de calcário é formado do resíduo pelítico após a remoção do carbonato. Assim, para preservar as valiosas informações petrológicas e enfatizar o critério de premiar a natureza dos solos usou-se as expressões pedogranítica, pedomáfica, pedopelítica etc… que talvez possa ser lida como, no caso da pedomáfica, rocha que origina solos como se máfica fosse e assim por diante. Dependendo da natureza do solo formado, as rochas são aqui grupadas para fins pedológicos e ambientais; nesse agrupamento partiu-se do solo para a rocha. Premiou-se, por esse critério, o produto final (solo). As diferenças entre os atributos das rochas são importantes, mas a convergência nos atributos-chave do solo como teor de ferro, fósforo total, teor de argila etc. têm prioridade. É provável que no futuro se venha a definir melhor ess