Segundo a obra, o Conjunto Habitacional é resultado de um modo de produção do espaço que articula diversos agentes interessados em valorizar seu capital em um processo produtivo. Como conjunto de experiências, pode ser observado a partir de suas especificidades materiais realizadas em contextos históricos e geográficos distintos. Contudo, se esse conjunto de experiências se identifica às políticas econômicas, também o faz com as políticas sociais, nas quais diversos arquitetos se engajam para contribuir com o processo de desenvolvimento da sociedade. Este livro estabelece uma comparação entre experiências (consideradas exemplares), realizadas na região metropolitana de São Paulo, visando compreender e superar os limites da forma de produção do espaço por meio de Conjuntos Habitacionais. Se, por um lado, o livro olha criticamente seus produtos, também o faz com relação às formas de produção e seus produtores. Se há limites impostos pela forma capitalista de produção do espaço, mediada pelas relações entre salário, lucro e renda, há também nas concepções críticas do pensamento arquitetônico. Deste modo, Petrella busca esclarecer que se for possível a superação da forma Conjunto Habitacional, que esse acontecimento ocorra em conjunto.