"Escrito em 1498, o De nominum analogia (Sobre a analogia dos nomes) reinou absoluto por quase 500 anos como o grande tratado sobre a questão da analogia, antepredicamento que junto aos unívocos e equívocos dão regras gerais para os predicamentos estudados nas Categorias de Aristóteles. Trabalho posterior ao comentário ao Do ente e da essência de Santo Tomás Aquino (Contra Errores, 2023) e que antecede seu comentário ao De anima, esta obra foi utilizada por tomistas de escola como Silvestre de Ferrara (o Ferrariense) e Francisco de Araújo. O referido livro foi supera- do apenas no século XIX, no neotomismo, com Santiago Ramírez e seu imenso De Analogia secundum doctrinam aristotelico-thomisticam. Contudo, a importância do De nominum analogia ainda se faz singular, pois há estudos acadêmicos até os dias hodiernos acerca da obra analógica de nosso mestre, vide Philip L. Reynolds, David B. Twetten, Gyula Klima, Joshua P. Hochschild, dentre outros. Há, portanto, uma atemporalidade do pensamento filosófico em Caetano de Vio, aquele cujos comentários à Suma Teológica foram editados junto à obra do próprio Santo Tomás de Aquino a pedido do Papa Leão XIII. Apresentamos pela primeira vez em vernáculo, em edição bilíngue latim-português, o De nominum analogia seguido do opúsculo De conceptuentis, acerca do conceito do ente, ao responder a um de seus brilhantes alunos. Para nosso deleite, o mestre nos brinda mais uma vez fazendo jus ao panegírico do Papa Clemente VII: “Cardeal Caetano é a lâmpada da Igreja Católica”.
~ Lucas Daniel Tomáz de Aquino"