As páginas retratam a megaexposição realizada no Museu Afro Brasil, em março de 2009, que recontou a história da escultura brasileira paralelamente a de escultores europeus, muitos dos quais se fixaram no Brasil, como os italianos, em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. O contexto da Academia Imperial de Belas Artes, a Escola Nacional de Belas Artes, as escolas voltadas para o ensino das artes e ofícios, os ateliers de artistas, a escultura destinada a embelezar praças e jardins, assim como os monumentos das efemérides e a grande produção de monumentos tumulares. O livro apresenta em 448 páginas, mais de 350 obras; Mestre Valentim, Chaves Pinheiro, Rodolfo Bernardelli, Nicolina Vaz de Assis, Celso Antonio, Ernesto de Fiori, Victor Brecheret, Galileo Emendabili, Francisco Brennand, Frans Krajcberg e Rubem Valentim são alguns deles. São imagens de produções pertencentes aos acervos do Museu Nacional de Belas Artes, do Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro, do Museu Mariano Procópio de Minas Gerais e de colecionadores particulares de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em um extremo, temos Mestre Valentim, escultor e entalhador do rococó, responsável por obras em muitas das igrejas do Rio de Janeiro, como as da Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Paula, e de outros templos religiosos que já não existem mais. Mestre Valentim foi também pioneiro na criação da escultura profana e arquiteto na construção do passeio público e de chafarizes no tempo do vice-rei Luiz de Vasconcelos. No outro extremo, o escultor baiano Rubem Valentim com seu trabalho geométrico inspirado nos símbolos da religião afro-brasileira, explica Emanoel Araujo. Dois extremos formados por dois mestiços pioneiros que criaram obras inéditas, cada qual à sua época, complementa. Tendo estes dois marcos como limites, o livro contempla o grande caminho da história da escultura brasileira.