Essa obra relata os desafios de uma escola da rede pública estadual de São Paulo para desenvolver ações pedagógicas voltadas a Saúde Escolar. Ela narra uma investigação qualitativa realizada por uma professora de Educação Física, do Ensino Médio, que ressalta as questões sociais e políticas subjacentes nas intervenções em saúde, considerando as experiências pessoais e coletivas de atores que buscaram genuinamente a melhoria das suas condições de vida e da comunidade. Com reflexões e ações sustentadas nos escritos de Paulo Freire, a obra demonstra coerência com a complexidade do contexto escolar e com o que se almeja com a Promoção da Saúde. Ela aponta múltiplas estratégias de analisar e interpretar os achados provenientes dos diversos olhares da realidade escolar. A vulnerabilidade dos educandos e professores é muito discutida na obra, dos educandos no que se refere à violência, sexualidade, atividade física, alimentação saudável e uso de drogas e álcool e dos professores no que se refere aos conflitos provenientes das relações de poder existentes na escola. Dentro desse contexto, as questões provenientes da gestão escolar também são amplamente discutidas. Portanto, a obra retrata o dia a dia de uma escola, tendo a Educação Física como disciplina protagonista na articulação dos saberes, e uma complexa reflexão sobre práxis dos educandos, dos professores e da gestão escolar e sobre a efetividade, qualidade e sustentabilidade das ações voltadas da promoção da saúde na escola.