O livro Desigualdade Regional e o Território da Saúde na Amazônia analisa as estruturas dos serviços, dadas as escalas propostas pelo estudo (municipal, intra-regional, regional e macrorregional), traduzidas em relação às variáveis "porte populacional" e "localização geográfica" (Amazônia Legal x demais regiões). Os dados mais significativos apontaram uma tendência geral de desigualdade na distribuição da rede de serviços, equipamentos, postos de trabalho e recursos financeiros em relação à Amazônia Legal e às demais regiões do Brasil. Em especial, a concentração de procedimentos da atenção especializada ( média e alta complexidade) nas doze cidades acima de 200 mil habitantes da região, que respondem por apenas 30,9 por cento do total da população residente. É forte a indução da capacidade instalada no componente dos investimentos em saúde e ainda pouco relevante o critério regional e epidemiológico que leve em conta as suas especificidades. As propostas apresentadas para este espaço sociogeográfico bem caracterizado e limítrofe, no contexto das políticas oficiais, poderão permitir a construção de proposições densas não somente para o território em questão, mas para o conjunto dos desafios que busquem superar a desigualdade regional e tenham a eqüidade como pressupostos necessários para a alocação de recursos no que se refere à política de saúde brasileira.