Este livro apresenta uma coletânea de textos produzidos por alunos da disciplina "Arte Eletrônica" do Programa de Pós-Graduação em Design da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), abordando temáticas relativas
aos impactos, desafios e consequências de nosso cotidiano digital.
Em consonância com a didática de ""desorientação"" proposta por Rejane Spitz que ministrou as aulas e organizou esta publicação - o conteúdo deste livro
Foi desenvolvido através de uma metodologia de ""autoria colaborativa"": textos
individuais foram inicialmente produzidos pelos alunos, e - a partir dos conteúdos
discutidos nas aulas e de dinâmicas facilitadoras para compartilhamento
De ideias - foram sendo gradualmente transformados e enriquecidos por
contribuições dos demais alunos, dando lugar a um diálogo genuíno entre
coautores. Desse exercício resultou esta excelente e original coletânea de textos
sobre questões contemporâneas, de grande importância para a compreensão da
nossa vida social cotidiana - cada vez mais móvel, ubíqua, digital e, principalmente,
colaborativa.
Robótica, ubiquidade, e-Iearning, sexo virtual, inteligência artificial, redes sociais,
ciborgues, telefonia celular, realidade aumentada, linguagens e códigos, simulação
e representação digital, interatividade, relacionamentos online, meio ambiente
natural e construído, avatares e personas digitais foram alguns dos temas
abordados nesta coletânea, tendo por denominador comum o fato de que todos os
textos foram inspirados em leituras, apresentações e debates realizados durante
as aulas da disciplina ""Arte Eletrônica"", com o objetivo de investigar que efeitos
tem a tecnologia digital sobre a nossa forma de ser, de sentir, de pensar, de nos
relacionarmos com o outro, e com os outros.
Conectados por meio de tecnologias invisíveis e interligados através de redes
sociais múltiplas, compartilhamos nossas percepções, sentimentos, ações e
saberes em nuvens atemporais e ""não-geo-Iocalizadas"" de informação, onde somos
indivíduos, tribos, grupos e comunidades. Idiossincrásicos e específicos, enquanto
também genéricos e coletivos. Privados, anônimos e íntimos, enquanto públicos.
Um e todos, a um só tempo.