Publicado em 1962, "Deus da Chuva e da Morte", livro de estreia de Jorge Mautner, alcanc¸ou grande repercussa~o tanto de cri´tica como de pu´blico, conquistando o Pre^mio Jabuti daquele ano e o consagrando como um dos autores mais singulares da literatura brasileira da e´poca. Bebendo de inspirac¸o~es do concretismo, da bossa-nova e da literatura beatnik, o jovem Mautner, com apenas 19 anos, produziu literatura no mais alto ni´vel. Deus da Chuva e da Morte trata de amor, mu´sica, tempo e revoluc¸a~o, em narrativa delirante que imprime ao texto sentimentos de toda uma gerac¸a~o revoltada e incompreendida. Nas palavras de Caetano Veloso, que prefaciou a segunda edic¸a~o do livro: “Deus da Chuva e da Morte tem a vitalidade das canc¸o~es sentimentais e dos rocks que seu autor petulantemente exaltava contra todas as tende^ncias de opinia~o da e´poca. E tem a densidade do romantismo alema~o. E´, com tudo isso, uma obra de humor pop que fez os tropicalistas do final dos anos sessenta reconhecerem-se ali profetizados. E na~o so´ os tropicalistas: a imaginac¸a~o no poder, o sexo na poli´tica, a religia~o ale´m da irreligia~o”.