Em Dez lições sobre estudos culturais, Maria Elisa Cevasco narra a trajetória de uma nova disciplina: os estudos culturais. Ela traça o seu percurso em um mundo cada vez mais dominado pela incapacidade de imaginar um modo de vida diferente e, portanto, uma transformação cultural. Ao fazer isso, a autora atesta seu potencial de contribuição para uma possível mudança social. A obra mostra como os estudos culturais surgiram em um determinado ambiente sócio-histórico, suas relações com os estudos literários, suas primeiras conquistas teóricas e seu projeto intelectual - que inclui o estudo da cultura dita popular e dos fenômenos da vida cotidiana -, mas reserva espaço para um novo modo de ler a cultura erudita. Os estudos culturais modificam não somente o que se estuda em uma sociedade dominada pelos meios de comunicação de massa, mas também o porquê se estuda. Em resposta à proliferação de formas culturais em nossa sociedade midiática, a nova disciplina expande o campo dos estudos literários e se propõe a entender todas as formas de produção cultural. Dez lições sobre estudos culturais mapeia o terreno social onde surge a disciplina na Inglaterra dos anos 1950, suas relações com a Nova Esquerda inglesa, sua institucionalização no ensino superior britânico e sua expansão para os Estados Unidos e consequente globalização. Além disso, procura esclarecer as implicações políticas de cada giro teórico e avaliar a contribuição dos diferentes pensadores para o projeto principal da disciplina: explicar o funcionamento da cultura no mundo contemporâneo e pensar como a produção cultural pode contribuir para tornar o mundo mais justo e igualitário.