Ariosto Ducchese escapou de uma morte por hemorragia depois de sangrar por dias. No quarto do hospital, ele vê sua mãe, já falecida — o fantasma dela ou efeito dos medicamentos? Com isso, ressurgem também todas as memórias e assombrações da vida no campo deixada para trás há mais de trinta anos, as relações familiares, os rituais — incluindo o dia de matar porco, quando os meninos se credenciam para as atividades da vida adulta.
Ariosto, hoje advogado bem-sucedido, refaz seu caminho de volta a Pau D’Arco, sua cidade natal, relembrando todos os tipos de emprego, as moradias e as experiências, até chegar e se estabelecer em Porto Alegre. Ele reconta a história da sua vida — para ele mesmo, e para seus leitores — e examina questões literárias, filosóficas e culturais, retornando a um ambiente de brutalidade, mas de muita união, onde se forjou o homem nas veias da terra.
Dia de matar porco é o primeiro romance publicado por Kiefer depois de um hiato de 12 anos sem lançar uma narrativa longa inédita.