Passados quase dois anos da pandemia do coronavírus tivemos que nos reinventar. O mundo e as pessoas. As atividades profissionais e educacionais foram impactadas pelas atividades virtuais. As pesquisas científicas avançaram e nunca em tão pouco tempo tivemos um resultado tão eficiente como as vacinas contra a COVID-19. Nunca se falou tanto sobre o coronavírus, sobre políticas públicas de saúde e sobre como enfrentar a crise sanitária que nos remeteu ao passado das grandes pandemias como a peste negra na idade média e a gripe espanhola no início do século XX. Quando comecei a escrever a Coluna Direito Médico no Jornal Correio de Sergipe de Aracaju a ideia era tratar de temas jurídicos voltados para os direitos de pacientes, de direitos e obrigações dos profissionais de saúde e temas como a bioética e os desafios de uma saúde 4.0 com o avanço da inteligência artificial e a robótica. Entretanto, o tema que nos deixou como encantados foi a pandemia. E isso, certamente, pela dor causada em milhões de pessoas no mundo e em nosso país. A angústia de profissionais de saúde e do cidadão comum que parecia viver num bombardeio em uma guerra mundial. Esse livro reúne artigos escritos semanalmente na coluna e que não tinha a pretensão de se tornar um diário, mas ao revisitá-los percebi que existe uma ordem cronológica de acontecimentos globais e locais cujo ponto de partida ou de chegada era a pandemia da COVID-19.